segunda-feira, 19 de junho de 2017

Astronomia: A observa����o imposs��vel de Einstein ��� Mensageiro Sideral

Astronomia: A observa����o imposs��vel de Einstein ��� Mensageiro Sideral

Mensageiro Sideral

De onde viemos, onde estamos e para onde vamos

Telescópio Hubble faz ‘observação impossível’ de Einstein e confirma teoria de evolução estelar.

A PEDIDO DE UM AMIGO

Em 1936, então já consagrado pela teoria da relatividade geral, Albert Einstein escreveu um curto artigo na revista “Science”, intitulado “Ação similar à de lente por uma estrela pelo desvio da luz no campo gravitacional”. Nele, o famoso físico descrevia como o alinhamento circunstancial de duas estrelas, com relação a nós, alteraria o caminho dos raios de luz do astro mais distante, produzindo um padrão de lente gravitacional ditado pelas equações da relatividade.

OBSERVAÇÃO IMPOSSÍVEL

Einstein, contudo, não tinha a menor esperança de ver tal observação realizada, principalmente por exigir um alinhamento muito preciso e, portanto, muito raro, e também por requerer incrível resolução dos telescópios. Ele conclui: “não há esperança de observar esse fenômeno diretamente”.

CORTA PARA 2013

Um grupo internacional de astrônomos, vasculhando cerca de 5.000 estrelas, encontrou uma que ia passar quase exatamente à frente de outra em março de 2014. Era uma anã branca — um cadáver estelar deixado pela morte de estrelas como o Sol após esgotar seu combustível — a meros 18 anos-luz daqui. Eles calcularam que o Telescópio Espacial Hubble, em princípio, podia observar o efeito de lente gravitacional descrito por Einstein.

TESTE DOS MODELOS

Uma das vantagens de obter sucesso na observação seria colocar à prova nossa compreensão teórica das anãs brancas. Se os modelos clássicos de evolução estelar estivessem certos, ela deveria ter 67% da massa do Sol. E a medida da lente gravitacional permitiria confrontar essa estimativa, já que a gravidade é proporcional à massa.

EINSTEIN TRIUNFA NOVAMENTE

Numa bateria de observações entre 2013 e 2015, os astrônomos conseguiram realizar a tal “observação impossível”. Apropriadamente, acabam de publicar seus resultados na “Science”, indicando a massa da estrela com incrível precisão: 67,5%, com margem de erro de 0,5%. Na mosca! Oitenta anos depois, os trabalhos de Einstein continuam a nos ajudar a desvendar os mistérios do Universo.

A coluna “Astronomia” é publicada às segundas-feiras, na Folha Ilustrada.

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quinta-feira, 8 de junho de 2017

F�� x Religi��o x Espiritualidade

F�� x Religi��o x Espiritualidade
Fé: é a sua construção de verdades, construída a partir de suas esperiências e de suas reflexões. Fé é uma produção autoral, é de cada um.
A medida que vou estudando, vivendo, eu construo a minha fé. A Fé sou eu comigo mesmo, ninguém muda.


religião: era para ser um catalizador de fé, mas se transformou  em grupos sociais, em busca de hegemonia, poder e dinheiro. Da palavra que significava religação com Deus, hoje representam grupos sociais que se debatem, como torcidas de futebol. A Religião é a minha relação com a sociedade.
Quando você consegue racionalizar as suas ideias e buscar a partir da sua razão, das suas ideias, das suas experiências, da sua cultura uma forma de construir sua fé, essa fé te impulsiona para a espiritualidade. A religião é uma ferramenta, que pode ser boa ou não, assim como um martelo.

A espiritualidade é transcendência. é você buscar além do que voce está acostumado a ver, de quem és, da importância de seguir o certo, construir a ética.
Mesmo quem é ateu tem sua espiritualidade. Ele substitui o conceito de Deus por natureza, mesmo porque o conceito de Deus, nosso, é um pouco infantil.
A Religião é uma relação de você com os outros, toda religião é um evento social. A Espiritualidade é a minha relação com Deus.

Você não precisa de religião para viver, mas de fé.

Deus Fala através das pessoas e das circunstâncias que cruzam o nosso destino. Emmanuel
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TERMOS em FILOSOFIA

TERMOS em FILOSOFIA
ONTOLOGIA

Ontologia (do grego ontos "ente" e logoi, "ciência do ser") é a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres que gosta de estudar. A aparição do termo data do século XVII, e corresponde à divisão que Christian Wolff realizou quanto à metafísica, seccionando-a em metafísica geral (ontologia) e as especiais (Cosmologia Racional, Psicologia Racional e Teologia Racional). Embora haja uma especificação quanto ao uso do termo, a filosofia Contemporânea entende que Metafísica e Ontologia são, na maior parte das vezes, sinônimos, muito embora a metafísica seja o estudo do ser e dos seus princípios gerais e primeiros, sendo portanto, mais ampla que o escopo da ontologia.



História antiga da ontologia[editar código-fonte]

O conceito de ontologia originou-se na Grécia Antiga, tendo ocupado as mentes de PlatãoAristóteles e Parmênides. O mais antigo registro da palavra ontologia é o latino ontologia, que surgiu em 1606, no trabalho Ogdoas Scholastica, de Jacob Loard (Lorhardus), e em 1613 no Lexicon philosophicum, de Rudolf Göckel.

Por ontologia, portanto, entenda-se o estudo do ser enquanto ser, suas categorias, princípios e essência. Três são as grandes linhas ontológicas consolidadas na matriz do pensamento ocidental:

  1. A ontologia do Uno
    Cuja ideia dominante assevera que toda a realidade procede do Uno, ou manifestação do mesmo ou que se reduza a ele. Seus representantes são ParmênidesPlatãoPlotinoEscoto ErígenaSpinoza e vertentes do pensamento oriental.
  2. Ontologia do Ser
    Que parte não do Uno, mas daquilo que é, e, por conseguinte, do conhecimento empírico e da experiência. Por meio desta vertente da ontologia, o ser se diz de várias maneiras (analogia), cuja maior expressão é a da substância, que, em grau máximo, corresponde a Deus (Primeiro Motor), sem movimento ou mudança. Seus maiores representantes são Aristóteles e Tomás de Aquino, que à luz da Revelação Bíblica conceitua Deus como Ipsum Esse per se subsistens.
  3. Ontologia do Devir (ou do tempo)
    É a que vem se afirmando desde o início da era moderna. Seus representantes são HegelHeidegger, e em alguma medida Nietzsche. Pretendem reintroduzir a dinâmica no ser, e, com isto, sua oposição ao não-ser, como momento de interioridade de vida e do ser.

Alguns filósofos da escola platônica alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que alguns fornecem uma espécie de atalho para a referência, para uma coleção de objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez de se referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa. Por exemplo, "sociedade" remete para um conjunto de pessoas com algumas características comuns, e "geometria" refere-se a um tipo específico de atividade intelectual. Entre estes pólos de realismo e nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em qualquer uma, a ontologia deve dar conta de que palavras referem-se a entidades que não "são". Quando se aplica a este processo, substantivos, tais como "elétrons", "energia", "contrato", "felicidade", "tempo", "verdade", "causalidade", e "Deus", a ontologia torna-se fundamental para muitos ramos da filosofia.

Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas pelos pensadores nas civilizações antigas da Índia e da China, e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.


Gnosiologia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A gnosiologia (também grafado gnoseologia; do grego gnosis, 'conhecimento', e logos, 'discurso'),[1] também chamada teoria do conhecimento,[2] é o ramo da filosofia que se ocupa do estudo do conhecimento. É a reflexão em torno da origem, natureza e limites do ato cognitivo. Ocupa-se da validade do conhecimento em função do sujeito cognoscente, ou seja, daquele que conhece o objeto.

A gnoseologia não se confunde com a epistemologia, que se refere apenas ao conhecimento científico. A metafísica também não pode ser confundida com ontologia: ambas se preocupam com o ser; porém a metafísica põe em questão a própria essência e existência do ser. Em outras palavras, grosso modo, a ontologia insere-se na teoria geral do conhecimento, que se preocupa com a validade do pensamento, das condições do objeto e sua relação com o sujeito cognoscente, enquanto que a metafísica procura a verdadeira essência e condições de existência do ser.

EPISTEMOLOGIA

Epistemologia (do grego ἐπιστήμη [episteme]: conhecimento científico, ciência; λόγος [logos]: discurso, estudo de) é o ramo da filosofia que trata da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Nesse sentido, pode ser também chamada teoria do conhecimento ou gnosiologia. Em sentido mais restrito, refere-se às condições sob as quais se pode produzir o conhecimento científico e dos modos para alcançá-lo, avaliando a consistência lógica de teorias. Nesse caso, identifica-se com a filosofia da ciência.

Existem limites epistemológicos, que se devem ao fato de a diversidade e a complexidade dos seres humanos e dos ambientes onde estes se desenvolvem tornarem virtualmente impossíveis os procedimentos de controle experimental.

Relaciona-se também com a metafísica. A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento - nomeadamente, se é possível ao ser humano retratar o conhecimento total e genuíno - dos limites do conhecimento (haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e da origem do conhecimento (por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e errado em alguma concepção a priori?).

Conhecimento[editar | editar código-fonte]

O conhecimento como um conjunto de crenças verdadeiras e justificadas.

Em geral, a epistemologia também discute o conhecimento proposicional ou o "saber que". Esse tipo de conhecimento difere do "saber como" e do "conhecimento por familiaridade". Por exemplo: sabe-se que 2 + 2 = 4 e que Napoleão foi derrotado na batalha de Waterloo. Essas formas de conhecimento diferem de saber como andar de bicicleta ou como tocar piano, e também diferem de conhecer uma determinada pessoa ou estar "familiarizado" com ela. Alguns filósofos consideram que há uma diferença considerável e importante entre "saber que", "saber como" e "familiaridade" e que o principal interesse da filosofia recai sobre a primeira forma de saber.

Em seu ensaio Os Problemas da Filosofia, Bertrand Russell distingue o "conhecimento por descrição" (uma das formas de saber que) do "conhecimento por familiaridade".[1] Gilbert Ryle dedica atenção especial à distinção entre "saber que" e "saber como" em The concept of mind (O Conceito de Mente).[2] Em Personal Knowledge, Michael Polanyi argumenta a favor da relevância epistemológica do saber-como e do saber-que. Usando o exemplo do equilíbrio envolvido no ato de andar de bicicleta, ele sugere que o conhecimento teórico da física para a manutenção do estado de equilíbrio não pode substituir o conhecimento prático sobre como andar de bicicleta. Para Polanyi, é importante saber como essas duas formas de conhecimento são estabelecidas e fundamentadas. Essa posição é a mesma de Ryle, que argumenta que, se não consideramos a diferença entre saber-que e saber-como, somos inevitavelmente conduzidos a um regresso ao infinito.

Mais recentemente, alguns epistemólogos (Ernest Sosa, John Greco, Jonathan Kvanvig, Linda Trinkaus Zagzebski) argumentaram que a epistemologia deveria avaliar as propriedades das pessoas (isto é, suas virtudes intelectuais) e não somente as propriedades das proposições ou das atitudes proposicionais da mente. Uma das razões é que as formas superiores de processamento cognitivo (como, por exemplo, o entendimento) envolveriam características que não podem ser avaliadas por uma abordagem do conhecimento que se restrinja apenas às questões clássicas da crença, verdade e justificação.

Crença[editar | editar código-fonte]

No discurso comum, uma "declaração da verdade" é uma típica expressão de fé ou confiança em uma pessoa, num poder ou em outra entidade - o que inclui visões tradicionais. A epistemologia se preocupa com o que acreditamos; isso inclui a verdade e tudo que nós aceitamos para nós mesmos como verdade. Desse modo, crença é: estado mental aceitar que a proposição é verdadeira.

Verdade[editar | editar código-fonte]

A verdade não é um pré-requisito para a crença. De outro modo, se algo é conhecido, categoricamente, não pode ser falso. Por exemplo: se uma pessoa acredita que a ponte é segura o suficiente para aguentar seu peso e tenta atravessá-la, mas a ponte se quebra devido ao peso, pode-se dizer que a pessoa acreditou que a ponte era segura, mas estava errada. Não seria correto afirmar que ele sabia que a ponte era segura, pois ela, claramente, não era. Em contraste, se a ponte aguentasse seu peso, ela diria que acreditou que a ponte era segura e, agora que cruzou a ponte e provou para si que a ponte é segura, ela sabe que é segura.

Justificação[editar | editar código-fonte]

A justificação se constitui das razões ou provas apresentadas em apoio à veracidade de uma crença ou de uma afirmação. É preciso, portanto, compreender as razões de uma crença e se tais razões têm um fundamento lógico.



Positivismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sociologia
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Teoria
Métodos
Subcampos
Índice

O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX. É um conceito que possui distintos significados, englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do século XIX quanto outras do século XX.[1]

Desde o seu início, com Auguste Comte (1798-1857) na primeira metade do século XIX, até o presente século XXI, o sentido da palavra mudou radicalmente, incorporando diferentes sentidos, muitos deles opostos ou contraditórios entre si. Nesse sentido, há correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Comte. Exemplos paradigmáticos disso são o positivismo jurídico, do austríaco Hans Kelsen, e o positivismo lógico (ou Círculo de Viena), de Rudolf Carnap, Otto Neurath e seus associados.

Para Comte, o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o positivismo associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte. O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.

Método do positivismo de Auguste Comte

O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material. O positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis).

Em sua obra Apelo aos conservadores (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.

O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim sendo, desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. Tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao domínio teológico-metafísico caracterizado por crendices e vãs superstições. Para os positivistas o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos, único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as gerações anteriores colocavam no mundo além-túmulo.

O positivismo é uma reação radical ao transcendentalismo idealista alemão e ao romantismo, na qual os afetos individuais e coletivos e a subjetividade são completamente ignoradas, limitando a experiência humana ao mundo sensível e ao conhecimento aos fatos observáveis. Substitui-se a Teologia e a Metafísica pelo "Culto à Ciência", o Mundo Espiritual pelo Mundo Humano, o Espírito pela Matéria.

A ideia-chave do positivismo comtiano é a Lei dos três estados, de acordo com a qual o entendimento humano passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:

  1. Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;
  2. Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto. É a busca da razão e destino das coisas, é o meio termo entre teológico e positivo.
  3. Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de co-existência. A imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.
    Ver artigo principal: Espírito positivo

A religião da humanidade

Auguste Comte - por meio da obra "Sistema de Política Positiva" (1851-1854) - institui a Religião da Humanidade. Após a elaboração de sua filosofia, Comte concluiu que deveria criar uma nova religião: afinal, para ele, as religiões do passado eram apenas formas provisórias da única e verdadeira religião: a religião positiva. Segundo os positivistas, as religiões não se caracterizam pelo sobrenatural, pelos "deuses", mas sim pela busca da unidade moral humana. Daí a necessidade do surgimento de uma nova religião que apresenta um novo conceito do Ser Supremo, a Religião da Humanidade.

Comte foi profundamente influenciado a tal pela figura de sua amada Clotilde de Vaux.

Segundo os positivistas, a Teologia e a Metafísica nunca inspiraram uma religião verdadeiramente racional, cuja instituição estaria reservada ao advento do espírito positivo. Estabelecendo a unidade espiritual por meio da ciência, a Religião da Humanidade possui como principal objetivo a "regeneração social e moral".

Assim como o catolicismo está fundamentado na filosofia escolástica de Tomás de Aquino, a Religião da Humanidade está fundamentada na filosofia positivista de Auguste Comte fundamentada na ciência clássica.

A Religião da Humanidade possui, como Ser Supremo, a Humanidade Personificada, tida como deusa pelos positivistas. Ela representa o conjunto de seres convergente de todas as gerações, passadas, presentes e futuras que contribuíram, que contribuem e que contribuirão para o desenvolvimento e aperfeiçoamento humano.

A ciência clássica se constitui no dogma da Religião da Humanidade. Também existem templos e capelas onde são celebrados cultos elaborados à Humanidade (chamada Grão-Ser pelos positivistas). A religião positivista caracteriza-se pelo uso de símbolos, sinais, estandartes, vestes litúrgicas, dias de santos (grandes tipos humanos), sacramentos, comemorações cívicas e pelo uso de um calendário próprio, o Calendário Positivista (um calendário lunar composto por 13 meses de 28 dias).

O lema da religião positivista é : "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim". Seu regime é: "Viver às Claras" e "Viver para Outrem".

Auguste Comte foi o criador da palavra "altruísmo", palavra que segundo o fundador, resume o ideal de sua Nova Religião.

O positivismo no Brasil

O lema Ordem e Progresso na bandeira do Brasil é inspirado pelo lema positivista: "Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta". Foi usado na bandeira, pois várias pessoas envolvidas na Proclamação da República do Brasil eram seguidores das ideias de Auguste Comte.[2]
A Capela Positivista de Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Seria exagero atribuir aos positivistas a Proclamação da República do Brasil: é no processo de consolidação desta que se verifica a influência que exerceram destacando-se o coronel Benjamim Constant (que, depois, foi homenageado com o epíteto de "Fundador da República Brasileira").

De acordo com VALENTIM (2010):

A partir da segunda metade do século XIX, as ideias de Auguste Comte permearam as mentalidades de muitos mestres e estudantes militares, políticos, escritores, filósofos e historiadores. Vários brasileiros adotaram, ou melhor, se converteram ao positivismo, dentre eles o professor de matemática da Escola Militar do Rio de Janeiro Benjamin Constant, o mais influente de todos. Tais influências estimularam movimentos de caráter republicano e abolicionista, em oposição à monarquia e ao escravismo dominante no Brasil. A Proclamação da República, ocorrida através de um golpe militar, com apoio de setores da aristocracia brasileira, especialmente a paulista, foi o resultado “natural” desse movimento.

A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.

Outros positivistas de importância para o Brasil foram Nísia Floresta (a primeira feminista brasileira e discípula direta de Auguste Comte), Miguel Lemos, Euclides da Cunha, Luís Pereira Barreto, o marechal Cândido Rondon, Júlio de Castilhos, Demétrio Nunes Ribeiro, Carlos Torres Gonçalves, Ivan Monteiro de Barros Lins, Roquette-Pinto, Barbosa Lima, Lindolfo Collor, David Carneiro, David Carneiro Jr., João Pernetta, Luís Hildebrando Horta Barbosa, Júlio Caetano Horta Barbosa, Alfredo de Morais Filho, Henrique Batista da Silva Oliveira, Eduardo de Sá e muitos outros.

Houve no Brasil dois tipos de positivismo: um "positivismo ortodoxo", mais conhecido, ligado à Religião da Humanidade e apoiado por Pierre Laffitte, discípulo de Comte, e um "positivismo heterodoxo", que se aproximava mais dos estudos primeiros de Augusto Comte que criaram a disciplina da Sociologia e apoiado por outro discípulo de Comte, Émile Littré.


VITALISMO

O vitalismo é a posição filosófica caracterizada por postular a existência de uma força ou impulso vital sem a qual a vida não poderia ser explicada. Tratar-se-ia de uma força específica, distinta da energia, estudada pela Física e outras ciências naturais, que actuando sobre a matéria organizada daria como resultado a vida. Esta postura opõe-se às explicações mecanicistas que apresentam a vida como fruto da organização dos sistemas materiais que lhe servem de base.

É um aspecto do voluntarismo que argumenta que os organismos vivos (não a matéria simples) se distinguem das entidades inertes porque possuem força vital (ou élan vital, em francês) que não é nem física, nem química. Esta força é identificada frequentemente com a alma, termo amplamente utilizado pelos sistemas religiosos.

Os vitalistas estabelecem uma fronteira clara entre o mundo vivo e o inerte. A morte, diferentemente da interpretação que lhe é dada pela ciência moderna, não seria efeito da deterioração da organização do sistema, mas resultado da perda do impulso vital o da sua separação do corpo material.A morte seria uma consequência indireta da deterioração, que primeiro diminugisa energia vital que por sua vez, é responsável pela morte.Podemos dizer que perda da energia vital é um "intermediário" para morte.

História do vitalismo[editar | editar código-fonte]

Ante o fracasso do mecanicismo cartesiano na explicação da singularidade do orgânico, o vitalismo começa a expandir-se pela Europa, em finais do século XVIII. Em biologia, este quadro teórico teve um momento fecundo, porque afastava o vivo do mecanismo e explicações causais e redutivas do pensamento cartesiano (século XVII), sem cair no sobrenatural. Em sentido estrito, o termo designa a escola de Montpellier.

PANTEÍSMO


O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente, e imanente,[1] ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos.[2] Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador. A palavra é derivada do grego pan (que significa "tudo") e theos (que significa "deus"). Embora existam divergências dentro do panteísmo, as ideias centrais dizem que deus é encontrado em todo o cosmos como uma unidade abrangente.[3] Recorrendo ao Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, lemos que o panteísmo só admite como Deus "o todo, a universalidade dos seres", não sendo portanto, um conteúdo em particular Deus, mas sim a totalidade deste[4].

O panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra de Bento de Espinosa,[5] que escreveu o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a dualidade do corpo e do espírito.[6] Espinosa declarou que ambos eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo uma qualidade fundamental da sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para descrever a unidade de qualquer substância. Embora o termo "panteísmo" não tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é considerado como um dos mais célebres defensores da crença.[7]

Relação com outras doutrinas e com a ciência[editar | editar código-fonte]

O panteísta é aquele que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo como divindade. Ao contrário dos deístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador do Universo, tão pouco das divindades teístas intervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que existe é manifestação divina, autoconsciente.

De entre as doutrinas ocidentais, o panteísmo é uma das que mais se aproximam das filosofias orientais como o budismo, o jainismo, o taoismo e o confucionismo. É também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofia hermética do antigo Egito, onde o principal objetivo é fazer parte da conspiração Universal (ou conspiração Cósmica).

Contudo, o panteísta não vê a Ciência de maneira diversa de um ateu, não atribuindo a nenhum tipo de divindade fatos como a origem do Universo, da Vida e da espécie Humana. Deus, no panteísmo, é todo o Universo. O seu templo é qualquer lugar e sua lei é a das Ciências Naturais, a lei natural.

Panteísmo e panenteísmo[editar | editar código-fonte]

No panteísmo, deus tem tamanho igual ao universo. Já no panenteísmo, deus está dentro do Universo, mas existe também fora dele.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ir para cima Encyclopedia of Philosophy ed. Paul Edwards. New York: Macmillan and Free Press. 1967. p. 34.
  2. Ir para cima The New Oxford Dictionary Of English. 11ª edição. Oxford: Clarendon Press. 1998. p. 1341.
  3. Ir para cima O que é panteísmo?
  4. Ir para cima Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. panteísmo. Acesso: 25 de novembro, 2012.
  5. Ir para cima Picton, James Allanson (1905). Pantheism: its story and significance. Chicago: Archibald Constable & CO LTD.. ISBN 978-1419140082.
  6. Ir para cima Plumptre, Constance (1879). General sketch of the history of pantheism, Volume 2. London: Samuel Deacon and Co. pp. 3–5, 8, 29. ISBN 9780766155022.
  7. Ir para cima Shoham, Schlomo Giora (2010). To Test the Limits of Our Endurance. Cambridge Scholars. pp. 111. ISBN 1443820687.
  8. Ir para cima John Culp (May 19, 2009). "Panentheism". The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Stanford, CA page=: Stanford Uni versity. "Peacocke identifies his understanding of God's relation to the world as panentheism because of its rejection of dualism and external interactions by God in favor of God always working from inside the universe. At the same time, God transcends the universe because God is infinitely more than the universe".

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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v • e
Paganismo (politeísmo histórico e neopaganismo)
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v • e
Pensamento teológico
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Epistemologia
Deontologia


Escola sofística
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.

Protágoras (492 a.C.-422 a.C.) e Górgias (483 a.C.-376 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos.

Protágoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) por seus ensinamentos.

Muitos dos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma ideia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, pelos filósofos gregos.

A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser refutado por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.

Os Sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo,[1] ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade, na medida em que aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a pedra fundamental da democracia moderna.

Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso, não é necessariamente o representante das convicções do sofistas originais, a não ser daquele que geralmente ensinaram retórica. Os sofistas só são conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

Os sofistas são os primeiros a romperem com a busca pré-socrática por uma unidade originária (a physis) iniciada com Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera (que embora tenha falecido pouco tempo depois de Sócrates, tem seu pensamento inserido dentro da filosofia pré-socrática).

A principal doutrina sofística consiste, em uma visão relativa de mundo (o que os contrapõe a Sócrates que, sem negar a existência de coisas relativas, buscava verdades universais e necessárias). A principal doutrina sofística pode ser expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas".

Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.

Outro sofista famoso foi Górgias de Leontini, que afirmava que o 'ser' não existia. Segundo Górgias, mesmo que se admitisse que o 'ser' exista, é impossível captá-lo. Mesmo que isso fosse possível, não seria possível enunciá-lo de modo verdadeiro e, portanto, seria sempre impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.

Estas visões contrastantes com a de Sócrates (que foram adotadas também por Platão e Aristóteles, bem como sua "luta" anti-sofista) somada ao fato de serem estrangeiros - o que lhes conferia um menor grau de credibilidade entre os atenienses - contribuiu para que seu pensamento fosse subvalorizado até tempos recentes.

Moral, direito, religião[editar | editar código-fonte]

A sofística , sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento. Ao sensualismo, ao empirismo gnosiológicos correspondem o hedonismo e o utilitarismo ético: o único bem é o prazer, a única regra de conduta é o interesse particular. Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa. A moral, portanto, - como norma universal de conduta - é concebida pelos sofistas não como lei racional do agir humano, isto é, como a lei que potencia profundamente a natureza humana, mas como um empecilho que incomoda o homem. Desta maneira, os sofistas estabelecem uma oposição especial entre natureza e lei, quer política, quer moral, considerando a lei como fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção, e entendendo por natureza, não a natureza humana racional, mas a natureza humana sensível, animal, instintiva. E tentam criticar a validade desta lei, na verdade tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade comumente celebrada: não é verdade - dizem - que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm freqüentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.

Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito.

Quanto ao direito e à religião, a posição da sofística é extremista também, naturalmente, como na gnosiologia e na moral. A sofística move uma justa crítica, contra o direito positivo, muitas vezes arbitrário, contingente, tirânico, em nome do direito natural. Mas este direito natural - bem como a moral natural - segundo os sofistas, não é o direito fundado sobre a natureza racional do homem, e sim sobre a sua natureza animal, instintiva, passional. Então, o direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.





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April 28, 2017 at 11:57PM
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